A tosse dos canis, também conhecida como traqueobronquite infecciosa canina, é uma doença respiratória altamente contagiosa entre os cães. Comumente transmitida em locais onde há grande concentração de animais
Embora a condição possa parecer alarmante, especialmente por conta da tosse persistente e seca, é possível prevenir a doença com medidas simples, como a vacinação e cuidados adequados. Neste artigo, explicaremos o que é a tosse dos canis, como ocorre sua transmissão e, principalmente, como proteger seu cão contra ela. Confira!
O que é a tosse dos canis?
A tosse dos canis, ou traqueobronquite infecciosa canina, é uma doença respiratória altamente contagiosa que afeta o trato respiratório dos cães. Ela é causada por uma combinação de agentes infecciosos, incluindo bactérias e vírus, sendo a mais comum a bactéria Bordetella bronchiseptica e o vírus da parainfluenza canina.
Esses micro-organismos atacam as vias aéreas superiores, resultando em uma inflamação dos brônquios e da traqueia. Os principais sintomas incluem uma tosse seca e persistente, que muitas vezes se assemelha a um som de engasgo ou sufocamento.
Outros sinais podem incluir espirros, coriza, febre leve, falta de apetite e, em alguns casos, secreção nasal. Embora a doença seja desconfortável, ela geralmente não é grave em cães saudáveis, mas pode evoluir para uma condição mais séria em filhotes, cães idosos ou com o sistema imunológico enfraquecido.
Como ocorre a transmissão?
A transmissão da tosse dos canis ocorre de maneira muito semelhante à propagação de gripes e resfriados em humanos, ou seja, por meio do contato direto e indireto entre cães.
Os principais agentes infecciosos são transmitidos por meio de gotículas respiratórias liberadas quando um cão infectado tosse ou espirra. Essas gotículas podem ser inaladas por outros cães próximos, facilitando a propagação do vírus ou bactéria.
Além do contato direto, a doença também pode ser transmitida de forma indireta, por superfícies contaminadas, como brinquedos, tigelas de água ou roupas de pessoas que tiveram contato com um cão infectado.
Em locais com grande concentração de animais, como canis, creches, hotéis para cães e parques, o risco de transmissão aumenta significativamente, já que muitos animais compartilham os mesmos espaços.
Por ser altamente contagiosa, a tosse dos canis pode se espalhar rapidamente em ambientes comunitários, especialmente se não forem tomadas medidas de higiene adequadas.
Mesmo cães que não apresentam sintomas ainda podem ser portadores e transmitir a doença, tornando essencial o cuidado e a prevenção em locais frequentados por muitos cães.
Quais são os fatores de risco e cães mais vulneráveis?
Alguns cães são mais suscetíveis à tosse dos canis, seja por idade, condições de saúde ou o ambiente em que vivem. Conhecer os fatores de risco pode ajudar a evitar a exposição e tomar medidas preventivas. Saiba mais!
Filhotes e cães idosos
Cães jovens, especialmente filhotes que ainda não completaram o ciclo de vacinas, estão mais vulneráveis à tosse dos canis. Isso porque, o seu sistema imunológico continua em desenvolvimento. Da mesma forma, cães idosos tendem a ter uma imunidade mais baixa, o que os torna mais propensos a contrair doenças respiratórias.
Cães não vacinados
A falta de vacinação é um dos principais fatores de risco para a tosse dos canis. Sem a proteção da vacina contra Bordetella e outros agentes causadores, os cães ficam desprotegidos, especialmente em ambientes com outros animais.
Ambientes com muitos cães
Locais onde há grande circulação de cães, como canis, parques, hoteis para pets e creches caninas, aumentam consideravelmente o risco de contágio. A doença se espalha rapidamente em ambientes compartilhados, tornando esses locais propícios para a transmissão.
Inclusive, o nome popular da doença veio justamente por conta dessa condição. Como ela se espalha rapidamente no ambiente onde existem muitos cachorros, as pessoas e, até mesmo, profissionais, começaram a chamá-la de tosse dos canis.
Cães com imunidade baixa
Cães com o sistema imunológico enfraquecido, seja por doenças crônicas ou estresse, também são mais vulneráveis à tosse dos canis. Além disso, animais que passam por situações estressantes, como viagens ou mudanças bruscas no ambiente, podem ter sua imunidade comprometida, facilitando a infecção.
Cães expostos a esses fatores devem receber atenção especial e, sempre que possível, ser vacinados e protegidos de ambientes de risco.
Como funciona o diagnóstico e o tratamento?
O diagnóstico da tosse dos canis é feito, inicialmente, por meio de uma avaliação clínica realizada pelo veterinário. Durante a consulta, o profissional examinará os sintomas apresentados pelo cão, como a tosse seca característica, e investigará o histórico de contato recente com outros cães. Especialmente em ambientes de alto risco, como creches, canis ou parques.
Em casos leves, o diagnóstico pode ser feito apenas com base nos sintomas. No entanto, em situações mais graves ou em cães com outras condições de saúde, o profissional pode solicitar exames veterinários complementares, como radiografias do tórax, para avaliar a gravidade da infecção respiratória.
Em alguns casos, pode ser necessária a coleta de amostras das secreções nasais ou da traqueia para identificar o agente causador específico, seja ele uma bactéria (como a Bordetella bronchiseptica) ou um vírus.
Tratamento contra a tosse dos canis
O tratamento da tosse dos canis depende da gravidade dos sintomas. Para casos mais leves, o veterinário pode recomendar repouso, hidratação e medicamentos que ajudam a aliviar a tosse, como xaropes ou anti-inflamatórios. Esses cuidados visam melhorar o conforto do cão enquanto o próprio organismo combate a infecção.
Nos casos em que há uma infecção bacteriana envolvida, como na Bordetella, antibióticos podem ser prescritos para combater a bactéria e evitar complicações. Além disso, o veterinário pode recomendar o uso de broncodilatadores, que facilitam a respiração, e em situações mais graves, o cachorro pode precisar de inalações para melhorar a passagem de ar nas vias respiratórias.
Independentemente do tratamento, o repouso é importantíssimo para a recuperação. Também é importante isolar o cão de outros animais até que esteja totalmente recuperado, evitando a propagação da doença.
Em geral, com os cuidados adequados, a tosse dos canis costuma ter uma recuperação completa em 1 a 3 semanas. Porém, o acompanhamento veterinário é fundamental para monitorar a evolução do quadro e, principalmente, prevenir que a doença volte a acometer o organismo do seu pet.
Como prevenir a tosse dos canis?
Prevenir a tosse dos canis é importante para proteger seu cachorro, principalmente se ele frequenta ambientes com outros cães. Existem algumas medidas eficazes que podem ser adotadas para reduzir o risco de infecção. Veja quais são elas!
Vacinação
A principal forma de prevenção é a vacinação. Existe uma vacina específica contra a Bordetella bronchiseptica, um dos agentes mais comuns da tosse dos canis, que pode ser administrada em filhotes e reforçada regularmente ao longo da vida do cão.
Além disso, outras vacinas, como a da parainfluenza e do adenovírus, também são recomendadas, pois esses vírus estão entre os causadores da doença. Converse com o veterinário para garantir que seu cachorro esteja com a vacinação em dia.
Ambientes limpos e ventilados
Para cães que frequentam canis, creches e hotéis para pets, é fundamental garantir que esses locais mantenham uma boa higienização e ventilação adequada. Ambientes limpos e com circulação de ar ajudam a diminuir a concentração de micro-organismos, reduzindo o risco de contágio.
Evitar contato com cães doentes
Se você souber que algum cão está com sintomas de tosse dos canis, evite o contato entre ele e seu cachorro. Durante passeios ou eventos com muitos cães, mantenha uma distância segura de animais que possam estar infectados para reduzir o risco de exposição.
Fortalecimento do sistema imunológico
Manter a saúde geral do seu cão em boas condições também é uma forma de prevenção. A prática de exercícios regulares e consultas periódicas ao veterinário ajudam a fortalecer o sistema imunológico do animal, tornando-o menos suscetível a infecções.
Outro ponto importante é a alimentação. Escolha rações de qualidade que ofereçam todos os nutrientes necessários para que o organismo do seu cão possa fortalecer o seu próprio sistema de imunidade e combater esses e outros tipos de vírus ou bactérias que podem circular no seu ambiente.
Ao seguir essas práticas, é possível reduzir significativamente as chances de seu cachorro contrair a tosse dos canis, garantindo seu bem-estar em ambientes comunitários e em contato com outros cães.
Por fim, a tosse dos canis é uma doença comum, mas que pode ser evitada com medidas simples, como vacinação, higiene adequada e cuidados com a saúde do seu cão.
Reconhecer os sintomas precocemente e buscar tratamento veterinário são passos fundamentais para garantir a rápida recuperação do seu pet e prevenir a disseminação da doença. Com a prevenção certa, você protege seu cachorro e os animais ao seu redor.Gostou de conhecer essas informações? Então, não deixe a saúde do seu pet para depois! Agende uma visita à nossa clínica veterinária e esteja sempre um passo à frente no cuidado com a saúde do seu pet.
