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Giárdia canina

Giárdia canina: o que é, sintomas e tratamento

A Giárdia canina é um protozoário que pode causar problemas intestinais significativos em nossos amigos peludos. Este parasita microscópico se aloja no sistema digestivo dos cães, provocando uma série de sintomas desconfortáveis que, se não tratados, podem comprometer a saúde do animal.

Infelizmente, a infecção por Giárdia é mais comum do que muitos tutores imaginam, especialmente em ambientes onde há muitos cães, como parques e creches para pets. Neste conteúdo, mostraremos o que é a Giárdia canina, seus sintomas, opções de tratamento e muito mais. Acompanhe a leitura!

O que é Giárdia canina?

A Giárdia canina é um protozoário unicelular considerado um dos parasitas mais comuns que afetam os cães. Este microrganismo se instala no intestino delgado do animal, causando a giardíase, uma infecção intestinal que pode resultar em diarreia e outros problemas digestivos.

A infecção, geralmente, ocorre por meio da ingestão de cistos de Giárdia que estão presentes em água, alimentos ou superfícies contaminadas. Esses cistos são formas resistentes do parasita, capazes de sobreviver em ambientes externos por longos períodos, tornando a transmissão mais fácil, especialmente em áreas com grande concentração de animais.

Embora a Giárdia possa afetar diferentes espécies, ela é a mais comum em cães. Mas, é importante ressaltar que a giardíase não é exclusiva deles. Nós, seres humanos e outros animais também podem ser infectados, o que torna a prevenção ainda mais importante.

Quais são os dados estatísticos dessa doença?

A Giárdia canina é uma das infecções parasitárias mais comuns entre os cães, e suas taxas de incidência podem variar significativamente conforme a localização geográfica, o ambiente e a população animal.

De modo geral, essa doença pode alcançar cerca de 50% da população canina. É o que mostra um estudo publicado no portal PubVet. Contudo, o mesmo levantamento afirma que esse número pode ser ainda maior.

Isso porque, existe um grande problema relacionado à subnotificação dos casos. Ou seja, o cão é infectado pela doença e o tutor não procura atendimento especializado. Ou ainda, podem ocorrer casos em que animais que vivem nas ruas contraiam a doença, de modo que não há como saber quais são as quantidades.

Quais são os sintomas da Giárdia?

Os sintomas da infecção por Giárdia em cães podem variar de leves a graves, e alguns cães podem ser portadores assintomáticos do parasita. Ou seja, não apresentam sintomas visíveis, mas ainda podem transmitir a infecção. Os sinais mais comuns incluem:

  • Diarreia: sendo o sintoma mais frequente e pode ser intermitente ou contínua, apresentando uma coloração amarelada ou esverdeada e, em alguns casos, pode conter muco;
  • Vômito: que podem vir junto a diarreia;
  • Perda de peso: causada pela má absorção de nutrientes e a diarreia frequente;
  • Flatulência: muito comum e pode causar desconforto no animal;
  • Apatia: deixando o cão mais letárgico e menos interessado em brincar ou realizar atividades.

Além desses sinais, é importante observar que a giardíase pode predispor os cães a outras infecções gastrointestinais devido ao comprometimento da mucosa intestinal.

Se você notar qualquer um desses sintomas em seu cão, é fundamental procurar um médico veterinário para diagnóstico e tratamento adequados. O tratamento precoce pode prevenir complicações e ajudar a garantir uma recuperação mais rápida.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico da infecção por Giárdia canina é realizado principalmente por meio de exames de fezes. Os veterinários podem solicitar a coleta de amostras para identificar a presença de cistos ou trofozoítos do parasita.

Além disso, é muito comum que o veterinário peça várias amostras em dias diferentes, uma vez que a eliminação do parasita pode ocorrer em um dia e no noutro não, o que torna difícil a detecção do problema em um único exame.

Além do exame fecal, o veterinário pode realizar uma avaliação clínica completa, que inclui a análise dos sintomas apresentados pelo animal e um histórico detalhado da saúde e do ambiente em que vive.

Em alguns casos, testes laboratoriais adicionais podem ser necessários para descartar outras causas de diarreia e garantir um diagnóstico preciso.

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Qual é o tratamento indicado para a Giárdia canina?

O tratamento da infecção por Giárdia canina envolve geralmente o uso de medicamentos antiparasitários prescritos pelo veterinário. Os mais comuns incluem metronidazol, tinidazol e fembendazol, cujo objetivo é eliminar o parasita do sistema digestivo do cão.

O tratamento pode durar de 5 a 10 dias, dependendo da gravidade da infecção e da resposta do animal ao medicamento. É importante ter em mente um detalhe de extrema importância.

Em hipótese alguma, você deve administrar algum desses ou outros medicamentos em um cão com Giárdia. Algumas dessas drogas também são utilizadas por seres humanos e, consequentemente, têm uma quantidade maior de substâncias que compõem seu princípio ativo.

Dar um medicamento desse sem a orientação do médico veterinário pode colocar a saúde do seu cão em grande risco. Em muitos casos, levando até a internação por intoxicação medicamentosa e a morte. Portanto, jamais medique seus animais sem a devida orientação profissional.

Além do tratamento medicamentoso, é importante realizar mudanças na dieta do cão. Muitas vezes, recomenda-se uma dieta leve e de fácil digestão durante o tratamento para estabilizar o sistema digestivo. Em alguns casos, o veterinário pode sugerir probióticos para restaurar a flora intestinal saudável após a eliminação do parasita.

Cuidados adicionais incluem manter o ambiente limpo, desinfectando áreas onde o cão frequenta e evitando que ele tenha acesso à água ou alimentos contaminados. O acompanhamento veterinário é fundamental para garantir que a infecção foi completamente erradicada e para monitorar qualquer possível reinfecção.

Como saber se o cão foi reinfectado?

A reinfecção por Giárdia é algo comum nos cães. Ela pode ocorrer por diversos motivos. Primeiro, pode acontecer um novo contato com algum cisto novo que, inclusive, pode ter surgido durante o primeiro processo de infecção.

A água contaminada também é outra possibilidade. Especialmente, quando ela não é trocada diariamente. Por isso, é importante reforçar a importância da limpeza durante e, principalmente, após o tratamento.

Para saber se o cão foi reinfectado é importante ficar atento aos sintomas. Geralmente, a segunda reinfecção tende a ser mais branda. Contudo, isso não significa que o animal não sofra com ela.

Caso ocorra, os mesmos cuidados que foram tomados da primeira vez devem ser repetidos. Especialmente, os que têm relação com o apoio médico veterinário.

Como prevenir seu cão da Giárdia?

A prevenção da Giardia canina é fundamental para proteger a saúde do seu cão e evitar a disseminação do parasita. Abaixo, listamos algumas medidas que devem ser adotadas:

  • Higiene: mantenha a área onde seu cão vive e brinca sempre limpa. Remova fezes imediatamente e desinfecte regularmente os espaços comuns;
  • Água potável: evite que seu cão beba água de fontes duvidosas, como poças ou rios, que podem estar contaminados. Sempre forneça água fresca e limpa;
  • Alimentação segura: ofereça uma dieta balanceada e evite dar ao seu cão alimentos crus ou de origem desconhecida que possam estar contaminados;
  • Socialização controlada: evite levar seu cão a locais com alta concentração de animais, como parques ou creches, especialmente se ele estiver apresentando sintomas gastrointestinais;
  • Check-ups regulares: leve seu cão ao veterinário para exames regulares. Isso ajuda na detecção precoce de infecções e garante que seu pet receba cuidados adequados.

Se você seguir essas práticas à risca contribuirá para a saúde integral do seu amigo peludo. Protegendo-o contra doenças infecciosas e outras que podem circular no ambiente que ele vive.

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A Giárdia pode ser transmitida para seres humanos?

A Giardia canina é classificada pelos órgãos de saúde como uma zoonose, o que significa que pode ser transmitida entre animais e humanos.

Nós podemos contrair a giardíase ao ingerir cistos do parasita presentes em água ou alimentos contaminados, ou ao ter contato com superfícies infectadas, como o chão em áreas onde cães defecam.

Embora a transmissão direta de cão para humano seja menos comum, ela é possível, especialmente em lares com crianças pequenas. Isso porque, elas podem ser mais propensas a tocar em superfícies contaminadas e levar as mãos à boca.

Os sinais de infecção em humanos são parecidos com os sintomas em cães e incluem diarréia, cólicas abdominais, náuseas e fadiga. A giardíase em humanos é geralmente tratada com medicamentos antiparasitários, semelhante ao tratamento para os cachorros.

Para reduzir o risco de transmissão, é importante que os tutores sigam boas práticas de higiene pessoal, como lavar as mãos após manusear os cães ou limpar áreas onde eles frequentam, além de garantir que a água e os alimentos oferecidos ao pet sejam seguros e limpos.

A conscientização sobre a transmissão entre humanos e animais também é importante para prevenir a propagação da Giárdia e garantir a saúde de todos os membros da família, tanto os de quatro patas quanto os de duas!


Por fim, podemos concluir que a Giárdia — apesar de ser altamente contagiosa e apresentar chances altas de reinfecção — é uma enfermidade que pode ser tranquilamente controlada e eliminada por completo.

A conscientização sobre os sintomas, a prevenção da reinfecção e a adoção de boas práticas de higiene são fundamentais para proteger a saúde do seu animal e prevenir a propagação do parasita. Ao cuidar de seu cão com atenção e responsabilidade, você pode garantir que ele leve uma vida saudável e feliz.Quer saber mais sobre como proteger seu animal? Então, acesse nosso site para conferir dicas exclusivas de saúde e bem-estar, e fique por dentro das últimas novidades da medicina veterinária!

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